Esse Blog teve seu início no dia 08 de junho de 2010 e seu post final foi publicado no dia 14 de julho de 2013, quando o objetivo da Maratona foi alcançado.
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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Volta do Lago II (texto faraônico)

A Volta do Lago começou ainda no início de maio, depois de um excelente treino que realizei com os colegas da Ápice. Faltava 1 mês para a corrida de revezamento e ainda havia uma equipe querendo se formar. Me informei, me ofereci e pronto. Estava feito - participaria da Volta do Lago.
Aquele tinha sido um treino e tanto. Me senti leve e rápido. Mas dias depois viriam as dores. Dores já relatadas em outro post. Durante uma semana, arrastei minha perna pra todos os lados. Correr era impossível. Médico daqui; opiniões dali. Iniciei com a suspeita de bursite trocantérica passando por ciático e hérnia de disco. Uma semana parado e voltei aos treinos pra cumprir 10 km. A dor presente, o corpo se arrastando. Orientado por meus treinadores decidi me dar mais uma semana de repouso. Mais médicos. Mais suspeitas diagnóstico. Agora a desconfiança era um encurtamento muscular (falta de alongamento), gerando inflamação muscular ou choques indevidos entre o fêmur e a bacia (osso com osso). Ressonância 1 sem diagnóstico e faltavam menos de 15 dias para a Volta do Lago. Tinha que voltar aos treinos.
Resolvi mudar minha medicação. Inicialmente o primeiro médico receitou Diclofenaco. Decidi por um relaxante muscular. Opa! Melhorou. Sossego repentino. Luz no fim do túnel.
Voltei às ruas. Omiti de meus treinadores a persistência das dores e reiniciei as corridas. Lento... Lento. Pela primeira vez, desde que comecei com a Ápice, parei de tentar baixar meu tempo durante os treinos - afinal, como os treinadores dizem, descanso também é importante. Meus quilômetros eram percorridos bem acima dos 6 min. Mas as distâncias programadas pelas planilhas eram cumpridas. Aboli os treinos de tiro, pois as dores aumentavam e minha velocidade se perdia numa evidente falta de explosão muscular. Decidi, por conta própria, cumprir apenas as distâncias previstas. Intensidade, fica pra depois.
Ressonância 2. Cheguei pro exame sem mancar. Parecia um ser normal. Mais 50 minutos no tubo que gritava daqui, rugia de lá...  Faltavam 6 dias para a prova. Correria sem diagnóstico e, obviamente, com dor. Mas a medicação funcionava melhor do que eu podia imaginar. Decidi regular as doses. Apenas 1 comprimido antes dos treinos. Minha intenção era não acostumar meu corpo ao remédio.
Quinta feira (antes da corrida), treino de 8 km feitos em 49 minutos. Lá ia eu, tartarugando! Com medo de dar vexame, apelei pra tudo. Confesso, cheio de vergonha, que comprei até uma meia de compressão. Afe!!! Sofro só de pensar - parece ridículo um pangaré como eu usando esses acessórios. Mas havia uma justificativa: a literatura afirma que elas melhoram a recuperação entre treinos e eu iria correr dois trechos de 8km. Precisava estar bem pro segundo e essa parecia ser uma estratégia interessante.
Dia da prova. Apenas 40 minutos para eu começar minha participação. Check list. Estava quase tudo lá - até as meias. Mas faltava o remedinho. Parada emergencial na farmácia - obrigatório para os 8 km que viriam pela frente. Era pra ser, segundo relato da organização da prova, um trecho fácil e com descida. Nada disso. Tinha subidas leves, intercaladas com áreas planas. Não era difícil, mas sob o sol das 10 h, exigiu mais do que havia imaginado. As meias esquentavam uma barbaridade. Garrafa d'água só pra molhar o corpo. A surpresa boa foi ter encontrado Alexandre (amigo, também corredor, que já visitou esse blog outras vezes). Ele apenas treinava. Corremos juntos uns 500 metros até que ele, gentleman que é, afrouxou o passo e ficou pra trás, evitando me passar. A propósito, Alexandre tem um pace muito mais rápido que o meu.
No iPod, minha playlist havia sido ajustada para 45 minutos. Pra isso, teria que manter um pace mínimo de 5.30 minutos. Terminei a primeira missão do dia com a última música ainda na metade. Tudo, até então, funcionando de acordo com o planejado!
Teria, a partir dali, 2 horas de intervalo até o início da segunda perna de 8km. Correria às 13 h, sob um sol que castigava todos os participantes da Volta do Lago. As dores voltavam com o esfriar do corpo (mas sem exagero). Os colegas de equipe se esfalfando num trecho horroroso (Miguel e Leonardo Leão). Foi dando um medo!!! Quero mais não! (pensei!) rsss.  Para os outros 8km, não precisaria das meias de compressão, só coragem! Fui eu. Mesma playlist. Os mesmos 45 minutos pra terminar. A diferença era a tal "subida forte" que vinha pela frente. Mas tinha umas boas decidinhas também (ufa!). Mantive meu ritmo, atento apenas ao Garmin e a meu parceiro virtual (programado pra correr num pace de 5.45 min/km). A meta era mantê-lo sempre atrás. E lá ele ficou. Talvez uns 2 ou 2,5 minutos atrás de mim. Antes do final da última música, cruzei o posto de troca. Missão cumprida.
O resto do dia foi só festa. Relax total. A prova foi uma delícia, apesar da flagrante carência de estrutura e organização.
Na semana que seguiu a prova, nada de corrida. No diagnóstico da segunda ressonância "estiramento do glúteo mínimo; sem ruptura". Nada de ciático ou problemas mais complexos. Provavelmente repouso e fisioterapia. Mas continuarei nas ruas.
Um grande abraço e até a próxima.
LG

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