Não se deixe levar pelos pensamentos. Esvazie a cabeça. Esvazie a cabeça.....

As dores se foram, mas a preguiça deu as caras.
Antes da lesão cheguei a realizar um longo de 16 quilômetros (meu máximo até então). Depois da necessidade por reduzir a quilometragem e a intensidade de treinos, me acomodei.
Quando saía para as ruas para correr a 'meia hora' da planilha, planejava esticar a corrida para 10 km, mas, chegando aos 25 minutos, a cabeça fraquejava e encerrava o treino sem desobedecer o plano original. Mas não era por obediência; era por comodidade. Queria acabar logo!
Quando saía para as ruas para correr a 'meia hora' da planilha, planejava esticar a corrida para 10 km, mas, chegando aos 25 minutos, a cabeça fraquejava e encerrava o treino sem desobedecer o plano original. Mas não era por obediência; era por comodidade. Queria acabar logo!
Estava me sabotando e, durante essas semanas, percebi claramente o poder que o pensamento tem sobre meu desempenho.
Na semana passada resolvi dar um basta na preguiça. Voltei às ruas a fim de resgatar minha antiga forma. Voltei em meio à madrugada, num frio final de noite. Corri forte, sem sentir dores. Oito quilômetros em meu melhor tempo.
A melhora do tempo teria uma explicação: mudei minha técnica (assunto pra um próximo post). Como consequência, percebi que podia ser mais rápido do que vinha sendo. Mas, pra um pangaré manter um ritmo mais puxado, é preciso algo além de condicionamento físico. Acima de tudo, é necessário boa cabeça. Assim, eu tinha que me desconstruir e esquecer o corredor lento que sempre fui.
Correria, a partir daquele momento, de olho no Garmin, tentando não piorar o ritmo. Mas, entre uma espiada e outra no pace, a cabeça tornava-se minha maior adversária.
- Não vou dar conta de manter essa velocidade. No próximo quilômetro precisarei descansar. Ainda faltam 8 km... vou quebrar!
- Não vou dar conta de manter essa velocidade. No próximo quilômetro precisarei descansar. Ainda faltam 8 km... vou quebrar!
Com a cabeça jogando contra, o pace piorava.
Para recuperar o ritmo, era preciso “desligar”. Esquecer os pensamentos. Esvaziar a mente e correr solto. Pelos olhos, não escolhia imagem fixa. Apenas levantava a cabeça em direção ao horizonte e deixava os olhos fixarem-se 500 metros à frente. Nada de Garmin ou de olhar asfalto. Corria de olho na paisagem que mudava de acordo com minha progressão.
Mas fui fraco e olhei o Garmin. No visor, o pace havia melhorado. Melhorado demais, inclusive. E a mente voltou à carga: Acho que exagerei. Vou cansar. Vou cansar. O pace piorou.
Para recuperar o ritmo, era preciso “desligar”. Esquecer os pensamentos. Esvaziar a mente e correr solto. Pelos olhos, não escolhia imagem fixa. Apenas levantava a cabeça em direção ao horizonte e deixava os olhos fixarem-se 500 metros à frente. Nada de Garmin ou de olhar asfalto. Corria de olho na paisagem que mudava de acordo com minha progressão.
Mas fui fraco e olhei o Garmin. No visor, o pace havia melhorado. Melhorado demais, inclusive. E a mente voltou à carga: Acho que exagerei. Vou cansar. Vou cansar. O pace piorou.
É preciso vencer tanto barulho. Correr com a cabeça vazia. Deixar as pernas me levarem e convencerem o cérebro de que podem ir além.
Um grande abraço a todos e até a próxima.
LG
Ah por isso que sumiu...eu precisei me esvaziar também e voltei ao inicio a esteira rsrs
ResponderExcluirMas agora um pouco melhor depois de mudar um pouco o foco,bom retorno =)
Bons Kms
Fabi