
Andávamos pela orla, sobre a calçada de pedras portuguesas. Lá veio ele quinem um doido (no bom sentido), molhado de suor. A primeira imagem foi de um indivíduo feroz, com olhos arregalados, cheios de energia, que nos abordava abruptamente. "Epa! O que vocês estão fazendo aqui?" e veio o sorriso. Era o Gugu! Putz..! Se tivéssemos combinado, não dava certo. Gugu estava todo suado. Molhado mesmo! Resultado de seu exercício ronineiro: correr; correr pela orla. Chato né!? Quem mora em Brasília, pode dizer que o céu daqui é maravilhoso e sem igual..., que o ar seco é um privilégio (hahaha)... Mas, na minha opinião, correr pela orla da praia de Niterói, com a beleza da cidade do Rio de Janeiro de paisagem.... não tem igual. Era lá que estávamos.
Gugu é um cara alto e magro, porém forte. Lembro com um sorriso quando, após uma festa junina (estávamos em Brasília), um FIAT 147 (tem tempo isso!) bloqueava a saída de nosso carro. Que droga!? Que nada! Gugu e Marcelo (outra figura encantadora e forte que só ele) pegaram o FIAT e tiraram do caminho. O dono do carro deve ter tomado um susto.
Então... Gugu é um corredor. Marcelo é seu irmão, e também tornou-se um corredor. Eu sou, ainda me sinto, o primo pirralho dos dois.
Pois é..., Foi a empolgação do Gugu naquela manhã falando de suas corridas, enquanto eu olhava pra minha barriguinha, que trouxe novamente o desejo por começar a correr. Foi Gugu falando da maratona que ele iria participar em Santiago do Chile. Falando da maratona que correu em Paris.... Foi ali que pensei: Putz!!!! Eu quero isso pra mim.
Eu sei que Maratona não precisa ser uma meta real. Que a corrida por si só já está passando de bom. Muitos dizem que a Maratona desgasta demais e agride o corpo. Mas, convenhamos, é um baita desafio. E só funciono dessa maneira. Quero a Maratona. Parte por causa do Gugu, parte por causa das imagens que criei enquanto ouvia Gugu narrar suas histórias.
E pra lá que eu vou!
Grande abraço e até a próxima!
Luiz Guilherme Loivos de Azevedo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário