Esse Blog teve seu início no dia 08 de junho de 2010 e seu post final foi publicado no dia 14 de julho de 2013, quando o objetivo da Maratona foi alcançado.
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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

SACRIFÍCIOS

"Você já deve ter lido ou ouvido sobre os sacrifícios que a corrida exige. Dietas, treinamento espartano. (...) Claro que o sujeito tem todo o direito de acordar no horário que bem entender, fazer uma dieta à base de torresmo, cerveja e batata frita (...) quando surgir o desejo, calçar o tênis, trotar por aí e considerar-se corredor."
"Mas vamos nos ater a outro estilo de atleta. Do tipo que acorda antes do sol pra treinar (...) já se acostumou a ir dormir um pouco mais cedo."*


Esse é foi um dos primeiros textos sobre corrida que li. O autor é Zé Lúcio Cardim e está publicado na O2 de março de 2010.
Pela primeira vez, começo a querer fazer parte (sinceramente) do segundo grupo de corredores. Meus excessos são a causa desse novo sentimento. Há 5 dias, animado pelos meus primeiros 10 Km; pelo reencontro com bons amigos; por um bom início de final de semana, decidi me juntar, durante o almoço de sábado, a outros 13 indivíduos num rodízio de carnes. Vige!!!! Pulei o corguinho! Enchi a cara com todo tipo de carne que passava em minha frente. No final do dia, fui, com minhas meninas (mulher e filha) a uma festa infantil (refrigerante, cerveja, salgadinhos, bolo, doces de todo o tipo... já tava lascado mesmo!!!!). No domingo, sem gás pra uma corrida, decidi, preguiçosamente, curtir a família em casa. À tarde, ainda tivemos a boa idéia de  fazer Cookies de chocolate (de forma lúdica, pra entreter as crianças).
Pura diversão! Raspamos o tacho e enchemos a cara com os biscoitinhos pra lá de amanteigados.
Na segunda feira, simplesmente não conseguia andar reto. Algo crescia em minha barriga e me contorcia.
Meu corpo, indisposto e enfraquecido, arrastava mais do que a culpa. Havia um peso enorme em cada milímetro de meu abdomen. A sensação era horrível. Na terça pela manhã, o corpo ainda sofria. Durante a tarde, aquele estado me irritava imensamente. Olhava pela janela do meu trabalho, desejando poder sair pra correr. Mas, mesmo que tivesse tempo, a sensação que tinha era que mal conseguiria caminhar.
Foi aí que descobri que abandonar esses prazeres não é sacrifício nenhum. O título do texto de Zé Lúcio é "Sacrifício". Pois é Zé..., não existe sacrifício! Não mais. Poder escolher o que fazer, sem condicionantes involuntários, é maravilhoso. Não quero ser refém do próprio corpo. Quero poder fugir pela manhã, antes do sol nascer; para correr 5 ou 10 km; depois me enfiar sob o banho frio pra limpar o suor. Não há sacrifício. É muito doido... mas não é doído; de jeito nenhum.
Grande abraço a todos.
"Nunca é alto o preço a pagar pelo privilégio de pertencer a si mesmo"
Nietzche
Até a próxima.
LG
*Zé Lúcio Cardim - Sacrifício. Publicado na RevistaO2 #83 março/2010. Seção: Largada. Zé Lúcio é diretor de Redação da Revista O2 

Um comentário:

  1. mas, valeu a pena :) os cookies tavam uma delícia! Ah e cookies não tem c nenhum antes do k!

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